📌 "Será que realmente sei o suficiente?"
📌 "E se meus colegas perceberem que não sou tão bom quanto pareço?"
📌 "Talvez eu não tenha capacidade para aprender isso..."
Essas frases podem parecer comuns, mas revelam algo mais profundo: a Síndrome do Impostor, um fenômeno psicológico onde a pessoa duvida das próprias habilidades e sente que não é capaz o suficiente, mesmo tendo competência.
E quando falamos de educação de adultos, esse sentimento pode se tornar um grande obstáculo para o aprendizado e o desenvolvimento profissional.
O medo de não saber e a ansiedade no aprendizado
Diferente das crianças, que estão em um ambiente onde errar faz parte do processo, os adultos carregam responsabilidades, expectativas e, muitas vezes, a pressão social de parecerem "sempre prontos e confiantes".
Isso gera um problema: ao se deparar com um tema novo ou um conhecimento que não domina, o adulto pode sentir vergonha de admitir que não sabe, evitando se expor e até mesmo se recusando a aprender.
"Se eu perguntar, vão achar que sou incompetente" ... "eu deveria saber isso, mas não sei. Melhor ficar calado."
Esse comportamento pode ser ainda mais forte no ambiente corporativo, onde a competição e o medo de julgamento dos colegas criam uma barreira emocional para o aprendizado.

Síndrome do impostor x educação de adultos: o impacto no crescimento profissional
🔹 Dificuldade em aceitar desafios: O adulto evita novas oportunidades por medo de falhar.
🔹 Resistência ao aprendizado: Em vez de admitir que precisa aprender algo novo, ele se fecha.
🔹 Comparação excessiva com os outros: O indivíduo se sente sempre "inferior" aos colegas.
🔹 Autossabotagem: Mesmo com oportunidades de crescimento, sente que não está pronto.
Esses fatores prejudicam não apenas o indivíduo, mas também empresas, universidades e qualquer ambiente onde o aprendizado contínuo é necessário para o progresso.
Como superar a síndrome do impostor na educação de adultos?
💡 1. Criar um ambiente seguro para errar: Segundo Paulo Freire (1996), a educação deve ser um processo dialógico, onde o aprendiz se sente confortável para questionar e explorar novas ideias sem medo de julgamentos.
💡 2. Aplicar metodologias ativas: Em vez de apenas ouvir aulas expositivas, os alunos devem experimentar, testar, praticar. O aprendizado experiencial, baseado em David Kolb (1984), ajuda a internalizar o conhecimento e ganhar mais confiança.
💡 3. Incentivar a mentalidade de crescimento: Segundo Carol Dweck (2006), pessoas com growth mindset entendem que ninguém nasce sabendo tudo e que aprender é um processo contínuo. Criar esse mindset na educação de adultos reduz a autossabotagem e fortalece a autoconfiança.
💡 4. Tornar o aprendizado relevante: De acordo com Malcolm Knowles (1984), adultos aprendem melhor quando o conteúdo faz sentido para suas vidas. Ensinar algo que tenha aplicação imediata diminui a insegurança e aumenta o engajamento.
💡 5. Estimular o compartilhamento de experiênciasMuitos adultos se sentem sozinhos nesse medo de "não saber". Criar grupos de apoio, onde aprendizes compartilham desafios e superações, normaliza a ideia de que ninguém sabe tudo, e tudo bem!
Conclusão
A Síndrome do Impostor pode ser um dos maiores bloqueios para o aprendizado na vida adulta, mas pode ser combatida com um ambiente seguro, metodologias adequadas e incentivo ao pensamento crítico e reflexivo.
📌 Aprender não significa já saber tudo, mas estar disposto a crescer.
💬 E você, já passou por isso ou conhece alguém que tenha essa insegurança ao aprender algo novo? Compartilhe sua experiência nos comentários!
Para referenciar o artigo, utilizar:
– Beck, C. (2025). Síndrome do impostor na educação de adultos. Andragogia Brasil. Disponível em: https://www.andragogiabrasil.com.br/sindrome-do-impostor-na-educacao-de-adultos