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Foto do escritorCaio Beck

Professores pelo Mundo: Finlândia


Começamos com uma série de artigos sobre a educação ao redor do mundo. Professores pelo Mundo (Finlândia), é um artigo voltado para a divulgação desta profissão de muito prestígio no país nórdico. Por ter um dos melhores sistemas de ensino do mundo, a Finlândia aplica um rígido processo de seleção. Vamos conhecer?


No fim dos anos 70, a formação dos professores finlandeses passou a constituir um programa de mestrado com cinco anos de duração, que se dá portanto nas universidades do país. Desde então, gradualmente cresceu entre os professores o sentimento de pertencer a uma categoria profissional altamente educada e prestigiada.


Em um espaço de 30 anos, a Finlândia transformou um sistema educacional medíocre, elitista e ineficaz, que amargava resultados escolares comparáveis a países como o Peru e a Malásia, em uma incubadora de talentos que alçou o país para o topo dos rankings mundiais de desempenho estudantil, e alavancou o nascimento de uma economia sofisticada e altamente industrializada onde antes jazia uma sociedade substancialmente agrária.


Apenas os melhores estudantes (média de 10%) conseguem chegar à carreira de formação do professorado, pois o acesso é feito por uma seleção criteriosa, definida pelas qualificações do bacharelado e por um exame de ingresso aos estudos.

A cada primavera, milhares de jovens se candidatam a uma vaga para estudar nos departamentos de formação de professores das universidades da Finlândia. Incrível isso, não?


Todos os programas de formação de professores, que anteriormente eram realizados fora do âmbito do ensino acadêmico superior, foram levados para dentro das universidades, todas elas gratuitas. Mais: obter um mestrado tornou-se a qualificação básica e obrigatória de um professor para poder ensinar nas escolas finlandesas – mesmo na educação pré-escolar.

Cursos de doutorado para professores também são disponibilizados, gratuitamente, nas universidades do país. O Estado finlandês investe ainda cerca de USD 30 milhões a cada ano para o desenvolvimento profissional de professores e diretores de escola, através de cursos universitários e programas de reciclagem.


Um professor finlandês dá aula apenas em uma escola e geralmente fica com o mesmo grupo de alunos, acompanhando-os por cerca de 6 anos. Bem diferente do que acontece aqui no Brasil. No processo de seleção do professor, cada diretor da escola e instituto público (a privada é residual, ocorre o mesmo) contrata os professores como se fosse um chefe de recursos humanos.


salário médio de um professor primário finlandês é de 3,132 euros mensais (cerca de 12,5 mil reais). Professores do ensino médio recebem 3,832 euros, e docentes de universidades ganham em média 4,169 euros por mês (16,7 mil reais). E a carga horária? Uma das mais curtas do mundo.

Comparando com outras funções na Finlândia, um engenheiro ganha 4,577 euros; um médico, 7,296 euros; uma enfermeira, 3,488 euros e o diretor-executivo de uma empresa, 6,755 euros em média.


Outro ponto interessante é a teoria dos paradoxos criados na Finlândia, onde se acredita em 2 paradoxos bem relacionados com os conceitos andragógicos:


(1) Os alunos aprendem mais quando os professores ensinam menos;

(2)  Os alunos aprendem mais quando têm menos provas e testes;


Será esse o segredo? O professor Martti Mery, da escola Viikki diz que o segredo é o “respeito”. Tal é a confiança nos mestres, que não existe nenhum tipo de avaliação formal do desempenho de professores na Finlândia. O sistema nacional de inspeção escolar, que antes exercia esta função, foi abolido no início dos anos 90.


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Para referenciar o artigo, utilizar:

Beck, C. (2016). Professores pelo Mundo: Finlândia. Andragogia Brasil. Disponível em: https://andragogiabrasil.com.br/professores-pelo-mundo-finlandia

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