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Teorias Motivacionais: Herzberg e Nishibori


Queridos leitores e leitoras da Andragogia Brasil, no artigo de hoje vamos trocar saberes sobre as duas teorias motivacionais: Herzberg e Nishibori, que fazem todo o sentido em nossa sala de aula com alunos adultos. A primeira delas é a teoria de Herzberg, que sustenta-se em dois princípios: a satisfação e a insatisfação. Já a teoria de Nishibori-kondo, volta-se mais para a criatividade e sociabilidade.


De acordo com Frederick Herzberg, psicólogo americano, os indivíduos possuem dois fatores motivacionais: os intrínsecos e os extrínsecos, sendo o primeiro sob o controle da pessoa e o segundo dependente de fatores externos. Quando um aluno está em sala de aula, sua satisfação pode estar relacionada com algum objetivo ou necessidade pessoal, como por exemplo, se tornar uma pessoa mais culta, aprender algo novo para que seja aplicado em sua vida pessoal/profissional ou desenvolver uma competência para resolver um problema ou obstáculo encontrado.


A grande questão é que nós (professores), pré-julgamos as motivações de nossos alunos e acreditamos que os fatores externos é o que causam satisfações/insatisfações em sala de aula. 


“Ah, meus alunos querem o certificado para conseguir novas posições na empresa”, “Sim, a maioria deles estão ali porque querem se recolocar no mercado”, “No meu caso, boa parte da turma está ali porque os pais mandaram”, etc.

Que tal começarmos a olhar no fundo dos olhos de nossos alunos e tentarmos entender o que eles buscam em sala de aula? Não é tão difícil assim, basta que você desça do palco e se comunique de maneira humilde, na horizontal. Você perceberá que existem alunos que pretendem utilizar seu conhecimento de imediato, desde que relacionado com alguma vivência pessoal, outros que estão ali buscando uma maneira de melhorar suas habilidades, assim como, terá um aluno ou aluna que sonha em se tornar um educador(a) e ajudar a transformar o mundo.


Quando passamos a entender as motivações intrínsecas e a valoriza-las, a satisfação por parte do aluno adulto tende a aumentar. Melhor ainda, tente trazê-las para a sala de aula, relacionando exemplos do conteúdo com os objetivos dos alunos. 


“Marcos, você que pretende se tornar um educador, perceba a importância desse educador.”, “Renata, sei que você quer ter um negócio próprio, então olha que interessante esse conceito.”, “Juca e Otávio, vocês dois trabalham em uma multinacional, certo? Vou trazer um exemplo bem relacionado com a prática de vocês.”

Algo que Herzberg nos diz com a teoria que ficou conhecida como a “teoria dos dois fatores”, é que precisamos entender quem é o indivíduo e em que realidade ele está inserido. Quais são os sentimentos que nossos alunos buscam? Realização, crescimento, reconhecimento profissional, sentir-se útil, romper barreiras? Entenda o ‘por que’ de seus alunos.


Por fim, destaco a Teoria de Kondo, pois cada vez mais esquecemos de incentivar essas duas características fundamentais: a criatividade e a sociabilidade. Quando apenas nós falamos, apenas nós trazemos exemplos, apenas nós dizemos o que é certo ou errado, automaticamente restringimos o lado criativo de nossos alunos, assim como, impedimos que a turma compartilhe seus saberes e sociabilizem em sala de aula.


Queira sim que seus alunos absorvam o conteúdo, mas que desenvolvam também a originalidade, a viabilidade, a flexibilidade, a fluidez e várias outras competências comportamentais. Queremos que os alunos adultos se sintam satisfeitos em nossas aulas, para tanto, é preciso fornecer fatores adequados que elevem a satisfação. Não adianta passarmos vídeos entediantes, aplicar dinâmicas sem sentidos ou trazer exemplos que faça sentido apenas para nós.


Incentive o potencial criativo, permite que eles compartilhem saberes, apresentem suas dúvidas e que aprendam uns com os outros. Já vimos em outras oportunidades que um dos pilares da educação para o século XXI é a questão de aprender em conjunto, em comunidade. Desenvolva seus aprendizes, oriente-os ao caminho da educação e faça com que alcancem a realização.


É isso que podemos entender das teorias motivacionais: herzberg e nishibori, que precisamos nos tornar mais humanos, valorizar individualmente cada aluno e que possamos inspirar a satisfação na aprendizagem.

 

Para referenciar o artigo, utilizar

Beck, C. (2018). Teorias Motivacionais: Herzberg e Nishibori. Andragogia Brasil. Disponível em: https://andragogiabrasil.com.br/teorias-motivacionais-herzberg-e-nishibori/

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